Um procedimento capaz de fazer a diferença na visão do próximo. O transplante de córnea melhora a qualidade de vida e conta com alta taxa de sucesso. Porém, esse tipo de cirurgia ainda gera dúvidas nos pacientes, proporcionando insegurança e dúvidas.
Neste artigo, separamos os principais mitos e verdades do transplante de córnea.
O que é o transplante de córnea?
A córnea é uma camada translúcida que fica na parte da frente dos nossos olhos e conta com células que atuam juntas para proteger o olho e manter a visão limpa.
Uma das principais complicações que atingem esse órgão são problemas que afetam a espessura, alterando a anatomia e o seu funcionamento.
Além disso, existem diversas doenças oculares que necessitam do transplante de córnea como:
- infecções;
- traumatismos e queimaduras;
- ceratocone;
- ceratopatia bolhosa;
- opacidades da córnea;
- distrofias de córnea;
- e doenças autoimunes.
A ceratoplastia, ou transplante de córnea é um procedimento cirúrgico que consiste na substituição da córnea de forma parcial ou total da parede anterior do olho para melhorar a visão e, principalmente, a qualidade de vida dos pacientes.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil bateu o recorde de realização de transplantes de córnea no SUS, com mais 30 mil procedimentos feitos em 2024.
Como é feito o transplante de córnea?
A realização de um transplante de córnea se inicia antes mesmo da entrada do paciente em uma sala de cirurgia, com a córnea transplantada de um banco de olhos.
Em seguida, é feita a operação que consiste em um pequeno corte para remoção do centro da córnea “antiga” e implantação da córnea doadora, por meio de um receptor bem fino.
Na etapa de recuperação no pós-operatório, é indicado pelo cirurgião ocular repouso com o uso de analgésicos durante um período. É importante lembrar que nenhum procedimento está livre de riscos e casos de rejeição da córnea doadora podem ocorrer.
Mitos e verdades sobre o transplante de córnea
É preciso de um doador compatível para fazer o transplante de córnea?
Mito. Diferente dos outros tipos de transplantes, a córnea não exige compatibilidade de tipo sanguíneo ou antígeno leucocitários humanos, o HLA, entre doador e receptor.
Por ser considerada um tecido avascular, a córnea não conta com vasos sanguíneos, reduzindo o risco de rejeição, por isso qualquer córnea saudável é adequada a todo paciente.
É impossível haver rejeição no procedimento?
Mito. Apesar de não haver a necessidade de um doador compatível, a rejeição órgão ainda pode ocorrer.
A medida que o sistema imunológico identifica a córnea doada como um agente estranho, ocorre a reação em sinais, como, por exemplo, vermelhidão, dor, sensibilidade à luz e visão turva.
Hoje, é possível conter a rejeição com a identificação precoce dos sinais, cuidados no pós-operatório e uso de medicamentos adequados.
O transplante de córnea pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes?
Verdade. O sentido da visão está relacionado à qualidade de vida, com a realização de atividades cotidianas com independência.
Ao realizar o procedimento cirúrgico, é possível restaurar a visão, impactando positivamente o cotidiano do paciente com o retorno de atividades simples como ler e dirigir.
O transplante de córnea corrige todos os erros de visão?
Mito. Apesar de contribuir com a melhor da visão, o procedimento cirúrgico na córnea não corrige em 100% os problemas como miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Para corrigir totalmente esses erros, o oftalmologista pode indicar o uso de lentes corretivas ou a realização de outros procedimentos cirúrgicos.
Existem diferentes tipos de transplante de córnea?
Verdade. Atualmente existem diferentes técnicas de transplante de córnea como o transplante penetrante, que consiste na substituição total da córnea e o Lamar, a substituição parcial em camadas específicas.
O procedimento do transplante de córnea tem alta taxa de sucesso?
Verdade. As chances de êxito com o transplante de córnea variam de 80% a 90%.
A importância da doação de córneas
Fundamental para as realizações dos procedimentos cirúrgicos, a doação de córnea deve ser registrada e documentada. O doador deve informar à família que autoriza a retirada das córneas logo após o óbito. É importante lembrar que esse ato de solidariedade não altera a aparência do doador.
Entre em contato com o oftalmologista
Logo após o diagnóstico de doenças que necessitam do transplante, o médico oftalmologista avalia e indica a realização do procedimento. Em seguida, a equipe médica realiza o cadastro no banco de olhos para buscar a córnea ideal.
Entre em contato conosco e agende uma avaliação com nossos oftalmologistas.

