Figuras sobrepostas, distorções, elementos geométricos ambíguos e paradoxos, entre outros. Você, certamente, já deve ter vivenciado a ilusão de ótica ao observar uma dessas imagens.
Mas, afinal, o que é a ilusão de ótica? Para entender o que é e como acontece esse fenômeno, continue a leitura.
O que é a ilusão de ótica?
Segundo a ciência, a ilusão de ótica ocorre por meio da captação de luz da retina e da forma com que essa transmissão, do nervo óptico até o cérebro, acontece.
O cérebro não é capaz de assimilar as imagens por si só, por isso, resgata conceitos da memória a fim de dar sentido ao conteúdo observado. Por exemplo, ao visualizar uma tomada que faz lembrar a feição de um rosto.
Além disso, existem níveis mais simples desse fenômeno, derivados do processamento sensorial (fisiológico) e os mais complexos, que envolvem o início da percepção (cognitivo), como destacam Professores do Instituto de Física e do Instituto de Psicologia da USP.
A ilusão de ótica pode ser muito interessante quando se quer criar profundidade em alguma obra visual, como é o caso da ilusão de ótica anamórfica, utilizada por artistas renomados que você deve conhecer: Cigoli e Leonardo da Vinci.
Importante destacar que esse “ruído” na visão não é sinal de problema ocular ou deficiência. Na verdade, existem vários tipos interessantes para você se inteirar.
Tipos de ilusões de ótica
Leia abaixo e confira diferentes tipos e exemplos de ilusão de ótica.
Ilusão de ótica literal
Nua e crua, a ilusão de ótica literal é a combinação de imagens que brincam com a percepção do que é real e irreal.
Veja esse exemplo, onde os pilares, nuvens e navios se misturam e intercalam os elementos. É preciso de uma verdadeira pausa de reflexão para compreendê-la.
The sun sets sail, de Rob Gonsales. (Créditos: arteref.com/reprodução)
Ilusão de ótica cognitiva
A cognitiva pode ser subdividida em: paradoxal, ambígua e geométrica-ótica. Cada uma tem suas diferenças sutis, mas mantém em comum as distorções que desafiam a lógica.
Paradoxal
O triângulo de Penrose é um ótimo exemplo para ilustrar a ilusão de ótica paradoxal.
Essa figura cria uma confusão mental justamente por não ser possível identificar o início e término de suas pontas. Observe:
Vector illustration of the impossible Penrose triangle. Imagem por: Getty Images.
Ambígua
A ambígua é a combinação de imagens que se entrepõem e podem formar mais de uma interpretação.
Este é um exemplo clássico, onde é possível observar 2 mulheres: uma idosa e outra jovem, olhando para trás.
O artista combinou seus traços propositalmente, a fim de criar percepções que variam conforme o ponto de vista do observador.
Vintage illustration, Optical illusion, Portrait of a lady and her daughter, 19th Century. Imagem por: Getty Images.
Geométrica-ótica
Uma das mais utilizadas na contemporaneidade por arquitetos, urbanistas e engenheiros é a geométrica-ótica.
Isso acontece porque é por meio das noções de perspectiva, geometria e ótica que muitas tendências arquitetônicas são aprimoradas.
Neste exemplo da parede do café, fez-se uma brincadeira entre os blocos. As linhas são horizontais, mas parecem inclinadas.
Cafe Wall, de Richard Gregory (Créditos: designsensible.blogspot.com/reprodução)
Ilusão de ótica fisiológica
A ilusão de ótica fisiológica está mais ligada a iluminação, brilho, cor e sensação de movimento.
Ela ocorre quando o cérebro recebe estímulos excessivos referentes a esses atributos, criando um desequilíbrio no processo fisiológico mental.
Oposite arrows forming a vortex pattern. Imagem por: Getty Images.
Apesar de fascinantes, esses exemplos nos mostram que nem sempre devemos confiar plenamente nos nossos sentidos e na exatidão daquilo que enxergamos.
É preciso ter um cuidado atento com a visão e buscar conhecimento acerca das suas dúvidas. Para isso, entre em contato conosco.
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